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Na atualidade as empresas são só uma porta de oportunidades para o desenvolvimento econômico dentro da sociedade, como também são responsáveis pela integridade das pessoas que a compõem. A grande São Paulo como metrópole construída já faz 465 anos, foi resultado de uma miscigenação entre povos das mais diversas origens na colônia. Depois, no final do século XIX começou-se a movimentar o processo da industrialização, valorização do café, ferrovia como método de transporte de mercadorias e a chegada de uma onda de migrantes nacionais e internacionais para potenciar o desenvolvimento econômico do país. Passaram-se séculos sem que essa movimentação de pessoas dentro da capital parasse, constituindo-se um espelho do mundo atual. É inevitável reconhecer que uma das maiores riquezas é essa diversidade cultural que nascida desses processos migratórios que existem até hoje em dia e que favorecem crescimentos econômicos, sociais e políticos.
Não basta só com o reconhecimento dessas diversidades. É necessária a compreensão e o respeito das diferentes culturas, histórias de vida, experiências, entre muitas coisas mais que ajudaram no desenvolvimento dentro e fora das empresas.
A Cultura de Diversidade se manifesta quando a empresa está construída de forma predominante e variada por diferentes pessoas: com idades diferentes, nacionalidades, identidades de gênero, crenças, orientação sexual, personalidades, status social, capacidades físicas diferenciadas, raça, etnias, entre outras coisas. A convivência no ambiente profissional de pessoas diversas precisa se construir dia a dia, junto das colaboradoras e colaboradores de cada empresa, bem como ampliar a conexão de um público maior de fornecedores como receptores dessas movimentações internas.
A inclusão das pessoas com diferentes perfis, não é só a tolerância das diferenças, é acreditar de fato que pessoas com diversidades nas suas experiências, podem contribuir de forma significativa em ter um alcance de resultados na produção e desenvolvimento da empresa e de cada pessoa que esteja compartilhando no mesmo ambiente laboral.
Já quase três anos e meio como imigrante na cidade de São Paulo, permeada pelo processo de aculturação da grande cidade, onde as diversidades geográficas, culturais, estéticas, de cores, traços, de classes sociais e de pensamentos dialogam entre si. Consigo reconhecer as variantes dessas diversidades no momento de olhar as possibilidades para se inserir no campo laboral e conseguir essa estabilidade. Sendo mulher branca lésbica imigrante, enxergo as diferenças em relação a oportunidades e privilégios.
Mas se eu fosse uma mulher trans negra refugiada, as possibilidades seriam reduzidas para ocupar um outro lugar do não-reconhecimento das minhas habilidades, estudos e potências, sendo enquadrada em um outro status social. E o mais provável é que estaria condicionada a ser mão de obra barata, base do sistema da cadeia de produção econômica e também invisibilizada.
A discriminação de gênero, raça, etnia, orientação sexual, imigração, refúgio entre muitas mais, mesmo sendo involuntárias, necessitam de um olhar atento para esse viés inconsciente, ter abertura para essas mudanças e lutar contra a discriminação! Adquirir essa postura é um grande passo de aceitação e posicionamento para não continuar com essa reprodução discriminatória, e não só pela lucratividade da empresa, mas também como uma responsabilidade social da empresa e de todas as pessoas.
Há quase um ano faço parte e continuo aprendendo e trabalhando na Integra Diversidade, que é uma Consultoria de Diversidade & Inclusão. Reflito e compartilho através destes processos de escrita sobre a importância e urgência de trabalhar e construir em conjunto com cada um dos cargos que compõem as empresas. Esse comprometimento é crucial para aceitar o desafio.
A motivação e responsabilidade estão aqui a disposição em cada uma das consultoras da Integra Diversidade. E você e a sua empresa estão dispostos a aceitar o desafio? Não tem problema se ainda não sabem como realizar esse processo, não tenham medo de perguntar para saber como conseguir ter uma Cultura de Inclusão e Diversidade no de seu ambiente laboral.
Entre em contato! As portas estão abertas para continuar crescendo em conjunto com as e os colaboradores.
Verónica Gálvez Collado. Consultora do Eixo de Imigração e Refúgio.